terça-feira, 5 de março de 2013

A volta para o homem

Por Carlos Chagas

Este artigo faz parte da série O que é ser cristão? Caso queira acessar o índice clique aqui.

Apesar de todos os estudos racionais dos últimos tempos terem tentado “matar” Deus este ainda se demonstra vivo, como também denota que o homem precisa, assim como antes, dele. O fato de haver muitos ataques sobre o cristianismo ainda é fácil provar que este é aceitável e valioso. Todavia não se nega uma das duas possibilidades: Estaria o cristianismo enganado em sua concepção de vida ou não foi levado a sério pelos seus e demais?

Muita coisa mudou na sociedade hodierna: ciência, técnica, cultura, etc. Não obstante o que se vê é a mesma busca da vontade de ser humano (humanização). Mas o cristianismo já não procurava esta qualidade em si antes? 

O processo histórico que vimos nos nossos antepassados (lembre-se do Iluminismo) provou que a busca por "matar" Deus falhou e, o que se vê agora, é um Deus mais vivo e presente que antes despertando a vontade incontrolável de crer, a despeito de toda a incapacidade de crer. 

Outra coisa interessante é perceber que a teologia, que agora era para já estar desmantelada após tantos investimentos contra a mesma, vem apresentando mais ferramentas para o diálogo e para uma belíssima apresentação do que é ser efetivamente cristão. Mas antes de falarmos da mesma (será dito bem à frente) percebamos o nosso horizonte. 

Mundo secular 

Na contemporaneidade reina a vontade do homem de ser efetivamente humano: Sem mais nem menos (nem super-humano nem infra-humano). De 4 séculos para cá ficou notório como que o homem conseguiu se tornar o centro dos estudos e de como passou a dominar e definir racionalmente as coisas. 

Como em todos os âmbitos da vida houve a secularização também na igreja cristã; a igreja passou por tal transformação. A secularização deve ser entendida como a releitura de tudo a partir do homem. A racionalidade humana deve estar incutida nesta releitura. 

Com isso, lentamente na história, a igreja passou a desenvolver uma teologia mais secularizada. Esta deveria responder à filosofia moderna que era antropocêntrica. Logo, a igreja passou a ser secularizada em suas funções e pensamentos. O que antes era a tentativa de apresentar ao homem a pessoa de Deus, agora é explicar ao homem, de forma racional, a possível existência Dele e a vida tal como ela é. 

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